domingo, 17 de abril de 2016

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

O que é?


A violência Doméstica é o resultado da agressão física ou psicológica ao companheiro/companheira.  
Atinge milhares de crianças, adolescentes, mulheres, homens e idosos, e na grande maioria das vezes de forma silenciosa e dissimulada.  
A sua importância é relevante não só devido ao sofrimento indescritível que vivem as vítimas como também porque a violência doméstica pode impedir um bom desenvolvimento físico e mental da vítima. 
A violência doméstica envolve a violência psicológica, a violência física, a violência verbal, a violência económica, a violência sexual, a negligência, entre outros.

 

 Fases da Violência Doméstica

 

         • Fase do Aumento da Tensão: as tensões acumuladas pelo agressor, são tensões que este não consegue resolver sem o recurso à violência.
         • Fase do Ataque Violento: o agressor maltrata física e psicologicamente a vítima, que tenta defender-se de uma forma passiva, esperando que ele pare e não avance com mais violência.
         • Fase de Apaziguamento: o agressor depois de a tensão ter sido direccionada sob a forma de violência, manifesta arrependimento e promete não voltar a ser violento.

 

 Estratégias do agressor

 


• Violência Física: caracteriza-se pela agressão da vítima. Esta violência é muito influenciada pelo excesso de álcool que em muito prejudica a vítima pois pode levar o agressor à violência extrema.
• Violência Psicológica: caracteriza-se por humilhar, discriminar, rejeitar o companheiro/companheira ou a criança, de forma a despertar a sua atenção, cuidado e dedicação. As pessoas muitas vezes também como forma de violência psicológica, fazem com que a vítima se sinta inferior ou então optam por ficar calados e não dizer nada, percebendo que esta atitude vai provocar um maior impacto.
• Violência Verbal: dá-se em simultâneo com a violência psicológica. Caracteriza-se pela depreciação e utilização de insultos para ferir moralmente a vítima.
• Violência Sexual: normalmente tende a ser ocultada, por vezes por se achar que se pode ser considerado mentiroso ou então por vergonha.
• Negligência: envolve a não satisfação de necessidades básicas. Os danos causados pela negligência podem ser permanentes.
• Isolamento Relacional: proibir a vítima de trabalhar, sair de casa, de ter amigos, de contactar com familiares.
• Intimidação: manter a vítima sempre com medo, mantendo-a sobre o seu domínio.
• Domínio económico: negar à vítima acesso a bens materiais.

 Crimes (na violência doméstica)

• Maus tratos: quando o agressor trata mal a vítima física ou psicologicamente.
• Ameaça: quando o agressor intimida a vítima, provocando-lhe medo, inquietação ou prejuízo na sua liberdade.
• Coacção: quando o agressor constrange outra pessoa, a praticar determinado acto, através da violência ou da ameaça.
• Sequestro
• Coacção sexual: quando o agressor constrange outra pessoa a sofrer ou praticar, consigo ou com outra pessoa, um acto sexual de relevo.
• Violação: quando o agressor força a vítima a manter relações sexuais com uso de violência.
• Tentativa de homicídio: quando o agressor, com intenção de matar, pratica todos os actos, mas o resultado (a morte) não se pratica.
• Ofensas à integridade física: quando o agressor ofende o corpo ou a saúde de uma pessoa.
• Dano: destruir total ou parcialmente, danificar, desfigurar ou tornar não utilizável algo ou alguém.

Quem agride?

A maioria dos agressores são homens, e normalmente os agressores dividem-se em portadores de: personalidade anti-social , Transtorno Explosivo da Personalidade
, Dependentes químicos e Alcoólicos e Embriaguez Patológica

        
O agressor, geralmente, acusa a vítima de ser responsável pela agressão, provocando um grande sentimento de culpa e vergonha na vítima.

 Quem é agredido?


Geralmente, as vítimas de violência doméstica são as mulheres e as crianças. E há casos em que são os idosos.
        
Muitas vezes, as vítimas de violência doméstica, sentem-se muito frustradas e acabam por pensar que a culpa da agressão foi delas.
        
Têm dificuldade em denunciar a agressão, não só pela vergonha, mas principalmente pelas consequências desse acto.
        
A vítima acaba por criar uma relação de dependência com o agressor.
        
A vítima tem pouca auto-estima e sente-se violada e traída, já que o agressor promete, depois da agressão, que nunca mais repete o comportamento, apesar de o fazer.


 Quem denuncia?

Quem denuncia os crimes depende muito dos tipos de crime que a vítima sofre, da vítima e também do agressor.
        
Se a vítima não tiver coragem suficiente para denunciar o agressor, normalmente quem o faz é algum familiar que de algum modo descobriu o crime (por exemplo, por parte de algum vizinho que diga algo).
        
Se por acaso houver crianças envolvidas na agressão, nesses casos a mulher, que geralmente (quando a criança é vítima) também é vítima de agressão, opta por denunciar pois não suporta ver o(s) seu(s) filho(s) a ser(em) agredido(s).

Fases do Ciclo de Reacção ou Recuperação

 

• Fase de Impacto: verifica-se logo após a violência, em que a vítima nega o ocorrido, mas mais tarde tende ou pode manifestar desejo de vingança, ou manifestar culpa.
• Fase de Recuperação: nesta fase, a vítima começa a adaptar-se à sua realidade de vítima, e aceita que de facto o crime ocorreu, mas que deve prosseguir com a sua vida da melhor maneira possível.
• Fase de Reorganização: nesta última fase, a vítima ultrapassou os sentimentos de culpa e vingança iniciais.

 Consequências

 

As consequências da violência doméstica são delicadas e podem permanecer durante muito tempo.
       
Além das marcas físicas, a violência doméstica costuma causar também vários danos emocionais, como:
            - Influências na vida sexual da vítima
            - Lesões graves
            - Mau desenvolvimento da personalidade (no caso das crianças)
            - Baixa auto-estima
            - Dificuldade em criar laços, em construir relações
            - A vítima, consoante a gravidade dos danos emocionais, pode passar, mais tarde, a ter o papel do agressor em vez do da vítima.



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